Manejo sanitário de aves: 4 dicas para implementar melhorias

O manejo sanitário de aves deve ser um ponto de atenção antes mesmo dos animais chegarem à granja. Sendo assim, é indispensável implementar todos os cuidados relacionados à limpeza e desinfecção do...

O manejo sanitário de aves deve ser um ponto de atenção antes mesmo dos animais chegarem à granja. Sendo assim, é indispensável implementar todos os cuidados relacionados à limpeza e desinfecção do local. Para isso, é preciso investir em equipamentos usados como forma de evitar que patógenos possam afetar o desenvolvimento das aves, diminuindo o ganho de peso diário e gerando riscos sanitários.

Quer entender melhor como funciona o manejo de aves, a importância de manter cuidados especiais, quais são os principais manejos e como aplicá-los? Então, continue a sua leitura!

Como funciona o manejo sanitário de aves?

O manejo sanitário de aves se trata de um conjunto de ações com o objetivo de propiciar aos aviário as melhores condições de saúde possíveis. Nesse caso, busca-se evitar, eliminar ou mitigar ao máximo a ocorrência de doenças no rebanho, para poder conquistar o maior aproveitamento do material genético e, como consequência, a elevação da produtividade. 

Qual a importância de ter cuidados especiais?

A primeira semana de vida das aves é uma etapa fundamental para o processo de criação. Juntando os aspectos fisiológicos intrínsecos ao desempenho inicial, é possível dizer que é uma das mais críticas, já que possui uma forte influência sobre o desenvolvimento dos animais no fim do ciclo produtivo.

Com foco em assegurar bons resultados, é fundamental conhecer as especificidades do manejo, considerando que qualquer problema com a ave pode resultar na diminuição do desempenho no final do seu ciclo de produção. Esse cuidado vai garantir um produto de qualidade conforme a exigência do mercado consumidor. 

Quais os manejos sanitários que deve ter na criação de aves?

A seguir, conheça alguns pontos das normas de manejo para aves.

Água

É necessário disponibilizar água fresca e potável todo o tempo. As regras de bem-estar animal para aves estabelecem uma quantidade mínima de bebedouros, dependendo no modelo usado. Além disso, esses equipamentos devem estar numa altura apropriada para o tamanho e idade das aves. É preciso assegurar que a água não vaze para que as camas dos animais não fiquem molhadas.

Alimentos

A alimentação precisa estar disponível na quantidade certa, elaborada com o intuito de satisfazer todas as necessidades nutricionais do animal. Sendo assim, é importante que a dieta seja controlada com a finalidade de evitar que as aves ganhem peso demais, o que pode ocasionar problemas de locomoção e anomalias.

Também, a ração não pode contar com proteína derivada de aves e mamíferos, com exceção dos ovos, além de ser proibida a aplicação de antibióticos nos alimentos para acelerar o crescimento.

Os comedouros precisam permanecer secos, limpos e bem conservados, em quantidade adequada para que as aves não briguem entre si para se alimentarem. A comida também tem que estar perto, evitando que os animais tenham que caminhar muito até chegar ao alimento.

Iluminação

A luz é outro aspecto relevante quando o assunto é o manejo de aves. Tenha em mente que o excesso de iluminação impede que durma adequadamente, provocando estresse e cansaço.

Sendo assim, a cada 24 horas as aves devem ter, no mínimo, oito horas de luz, artificial ou natural, bem como 6 horas de escuridão, no mínimo, exceto quando o tempo natural sem luz for menor que isso, o que acontece em algumas localidades durante a época de verão.

Instalações

É necessário oferecer todo conforto às aves, tanto do ponto de vista físico quanto psicológico. Os animais precisam ter condições de transmitir seus comportamentos naturais, de forma a evitar casos de estresse.

Isso engloba o enriquecimento do ambiente, com a instalação de poleiros adequados ao peso e tamanho das aves, por exemplo. Outra questão é que não pode entrar em contato com substâncias tóxicas e as instalações elétricas devem ser protegidas e seguras, para impedir a ocorrência de acidentes com eletricidade, como os choques.

O galpão deve ter espaço suficiente para que as aves tenham liberdade para se locomoverem e permanecerem em pé normalmente, sem dificuldades ao esticar ou virar as asas. Para isso, a quantidade de aves que podem ser colocadas no ambiente precisa considerar o peso.

Temperatura

A temperatura corporal das aves deve ficar na média de 41° C. Uma elevação de 4 ou 5° C na temperatura corporal pode causar a morte dos animais. Por este motivo, é essencial o controle térmico correto. As instalações devem diminuir os riscos de superaquecimento.

Pisos e camas

As normas de bem-estar das aves estipulam que pisos de concretos, mais simples de limpar, são mais adequados do que o chão batido. Além disso, é proibido alojar os frangos em gaiolas ou instalações cujo piso seja elaborado com ripas ou arames.

Outro ponto é a qualidade das camas. Por exemplo, elas podem ser confeccionadas com grãos e palhas ou produto comestível, já que isso estimula a ave a ciscar e bicar, evitando o crescimento em excesso das unhas e bicos.

Também, é importante que a cama seja limpa, seca e substituída sempre que estiver contaminada ou úmida. Isso porque, a unidade e a sujeira podem causar queimaduras nos joelhos e nas patas das aves. Essas lesões provocam dor e ferimentos que servem como portas de entrada para infecções e atrapalham a movimentação das aves.

Qualidade do ar

As normas de manejo também estabelecem as condições apropriadas à qualidade do ar. Dessa forma, o ambiente deve contar com um sistema de ventilação capaz de manter a concentração de dióxido, amônia, monóxido de carbono e de poeira em níveis corretos.

Acesso à área externa

As regras para aves não exigem o acesso à área externa. No entanto, se esse for o caso, alguns parâmetros devem ser respeitados. O local que os animais terão acesso deve ser composto por vegetação, brita ou areia grossa para simplificar a digestão. O espaço não pode ser degradado, alagado ou desgastado, e a área para repouso deve ser bem drenada.

As aves criadas por meio desse sistema precisam ter acesso à área externa a partir de quatro semanas de idade e por, no mínimo, oito horas diariamente, com exceção nos casos em que o tempo de luz natural for menor.

Nos meses mais quentes, o ideal é garantir um local com sombra onde o espaço seja suficiente para que as aves não tenham que se amontoar umas nas outras. 

Como é possível melhorar o manejo sanitário de aves?

Existe um conjunto de medidas que podem ser empregado como forma de tornar o manejo de aves mais efetivo e, com isso, prevenir os impactos sanitários. Conheça algumas delas!

1. Estabeleça o status sanitário

Nesse caso, é necessário fazer monitorias sanitárias para ter a informação de quais patógenos podem afetar as aves.

A identificação do que realmente está ocorrendo sanitariamente na granja, por meio da coleta e análise de dados zootécnicos, é essencial para o entendimento e adequada interpretação dos laudos. Essa é uma das questões mais relevantes e costuma propiciar práticas inapropriadas, sendo fundamental para definir ações certas que devem ser realizadas para controle e, também, eliminação dos patógenos.

2. Diminua a utilização de antimicrobianos

Trata-se de um assunto importante quando falamos de ações preventivas para garantir a sanidade das aves e saúde pública. Isso porque, por meio de medidas como o cumprimento de protocolos de vacinação, melhorias no ambiente, adequação ao fluxo de produção, elaborações de programas de biossegurança, entre outras, é possível otimizar o desempenho e bem-estar dos animais.

Com isso, fica mais fácil chegar ao uso racional de medicamentos, especialmente, dos antibióticos.

3. Invista na evolução digital

Com o avanço da transformação digital a conectividade tem ganhado cada vez mais espaço no mercado. Isso se deve ao fato da sua capacidade de simplificar processos e permitir que as informações cheguem ao seu destino de forma mais rápida, permitindo que medidas sejam implementadas quanto antes.

Outro ponto está ligado ao desenvolvimento de ferramentas e programas de análise de dados que possibilitam a avaliação de todos os registros de maneira mais ágil, criteriosa e precisa, além de permitir a identificação de pequenas variações.

Várias inovações encontram-se disponíveis nos dias atuais, como, por exemplo, as de monitoramento. Essa é uma tecnologia que vale muito a pena investir, principalmente por minimizar manejos desnecessários, que podem levar à ocorrência de estresse no animal.

4. Conte com a ajuda de um profissional qualificado

Para aplicar um manejo sanitário eficiente é importante contar com o auxílio de especialistas na área de avicultura, que possam contribuir para o cumprimento das normas e identificação de eventuais melhorias e ajustes nos processos.

Além disso, podem colaborar para o reforço do compromisso com a saúde dos animais, diferencial competitivo para o negócio, bem como o alcance de melhores resultados.

Agora que você já sabe a importância do manejo sanitário de aves, não espere mais para colocar as dicas apresentadas em prática e, dessa forma, garantir as melhores condições de saúde possíveis aos animais, evitando a ocorrência de patologias e demais problemas que possam impactar negativamente o ciclo produtivo.

Essas informações foram úteis? Então, aproveite e compartilhe este artigo em suas redes sociais e ajude outras pessoas a ficarem bem-informadas sobre o tema!

Por Redação

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Manejo sanitário de aves: 4 dicas para implementar melhorias

O manejo sanitário de aves deve ser um ponto de atenção antes mesmo dos animais chegarem à granja. Sendo assim, é indispensável implementar todos os cuidados relacionados à limpeza e desinfecção do...
9 min

O manejo sanitário de aves deve ser um ponto de atenção antes mesmo dos animais chegarem à granja. Sendo assim, é indispensável implementar todos os cuidados relacionados à limpeza e desinfecção do local. Para isso, é preciso investir em equipamentos usados como forma de evitar que patógenos possam afetar o desenvolvimento das aves, diminuindo o ganho de peso diário e gerando riscos sanitários.

Quer entender melhor como funciona o manejo de aves, a importância de manter cuidados especiais, quais são os principais manejos e como aplicá-los? Então, continue a sua leitura!

Como funciona o manejo sanitário de aves?

O manejo sanitário de aves se trata de um conjunto de ações com o objetivo de propiciar aos aviário as melhores condições de saúde possíveis. Nesse caso, busca-se evitar, eliminar ou mitigar ao máximo a ocorrência de doenças no rebanho, para poder conquistar o maior aproveitamento do material genético e, como consequência, a elevação da produtividade. 

Qual a importância de ter cuidados especiais?

A primeira semana de vida das aves é uma etapa fundamental para o processo de criação. Juntando os aspectos fisiológicos intrínsecos ao desempenho inicial, é possível dizer que é uma das mais críticas, já que possui uma forte influência sobre o desenvolvimento dos animais no fim do ciclo produtivo.

Com foco em assegurar bons resultados, é fundamental conhecer as especificidades do manejo, considerando que qualquer problema com a ave pode resultar na diminuição do desempenho no final do seu ciclo de produção. Esse cuidado vai garantir um produto de qualidade conforme a exigência do mercado consumidor. 

Quais os manejos sanitários que deve ter na criação de aves?

A seguir, conheça alguns pontos das normas de manejo para aves.

Água

É necessário disponibilizar água fresca e potável todo o tempo. As regras de bem-estar animal para aves estabelecem uma quantidade mínima de bebedouros, dependendo no modelo usado. Além disso, esses equipamentos devem estar numa altura apropriada para o tamanho e idade das aves. É preciso assegurar que a água não vaze para que as camas dos animais não fiquem molhadas.

Alimentos

A alimentação precisa estar disponível na quantidade certa, elaborada com o intuito de satisfazer todas as necessidades nutricionais do animal. Sendo assim, é importante que a dieta seja controlada com a finalidade de evitar que as aves ganhem peso demais, o que pode ocasionar problemas de locomoção e anomalias.

Também, a ração não pode contar com proteína derivada de aves e mamíferos, com exceção dos ovos, além de ser proibida a aplicação de antibióticos nos alimentos para acelerar o crescimento.

Os comedouros precisam permanecer secos, limpos e bem conservados, em quantidade adequada para que as aves não briguem entre si para se alimentarem. A comida também tem que estar perto, evitando que os animais tenham que caminhar muito até chegar ao alimento.

Iluminação

A luz é outro aspecto relevante quando o assunto é o manejo de aves. Tenha em mente que o excesso de iluminação impede que durma adequadamente, provocando estresse e cansaço.

Sendo assim, a cada 24 horas as aves devem ter, no mínimo, oito horas de luz, artificial ou natural, bem como 6 horas de escuridão, no mínimo, exceto quando o tempo natural sem luz for menor que isso, o que acontece em algumas localidades durante a época de verão.

Instalações

É necessário oferecer todo conforto às aves, tanto do ponto de vista físico quanto psicológico. Os animais precisam ter condições de transmitir seus comportamentos naturais, de forma a evitar casos de estresse.

Isso engloba o enriquecimento do ambiente, com a instalação de poleiros adequados ao peso e tamanho das aves, por exemplo. Outra questão é que não pode entrar em contato com substâncias tóxicas e as instalações elétricas devem ser protegidas e seguras, para impedir a ocorrência de acidentes com eletricidade, como os choques.

O galpão deve ter espaço suficiente para que as aves tenham liberdade para se locomoverem e permanecerem em pé normalmente, sem dificuldades ao esticar ou virar as asas. Para isso, a quantidade de aves que podem ser colocadas no ambiente precisa considerar o peso.

Temperatura

A temperatura corporal das aves deve ficar na média de 41° C. Uma elevação de 4 ou 5° C na temperatura corporal pode causar a morte dos animais. Por este motivo, é essencial o controle térmico correto. As instalações devem diminuir os riscos de superaquecimento.

Pisos e camas

As normas de bem-estar das aves estipulam que pisos de concretos, mais simples de limpar, são mais adequados do que o chão batido. Além disso, é proibido alojar os frangos em gaiolas ou instalações cujo piso seja elaborado com ripas ou arames.

Outro ponto é a qualidade das camas. Por exemplo, elas podem ser confeccionadas com grãos e palhas ou produto comestível, já que isso estimula a ave a ciscar e bicar, evitando o crescimento em excesso das unhas e bicos.

Também, é importante que a cama seja limpa, seca e substituída sempre que estiver contaminada ou úmida. Isso porque, a unidade e a sujeira podem causar queimaduras nos joelhos e nas patas das aves. Essas lesões provocam dor e ferimentos que servem como portas de entrada para infecções e atrapalham a movimentação das aves.

Qualidade do ar

As normas de manejo também estabelecem as condições apropriadas à qualidade do ar. Dessa forma, o ambiente deve contar com um sistema de ventilação capaz de manter a concentração de dióxido, amônia, monóxido de carbono e de poeira em níveis corretos.

Acesso à área externa

As regras para aves não exigem o acesso à área externa. No entanto, se esse for o caso, alguns parâmetros devem ser respeitados. O local que os animais terão acesso deve ser composto por vegetação, brita ou areia grossa para simplificar a digestão. O espaço não pode ser degradado, alagado ou desgastado, e a área para repouso deve ser bem drenada.

As aves criadas por meio desse sistema precisam ter acesso à área externa a partir de quatro semanas de idade e por, no mínimo, oito horas diariamente, com exceção nos casos em que o tempo de luz natural for menor.

Nos meses mais quentes, o ideal é garantir um local com sombra onde o espaço seja suficiente para que as aves não tenham que se amontoar umas nas outras. 

Como é possível melhorar o manejo sanitário de aves?

Existe um conjunto de medidas que podem ser empregado como forma de tornar o manejo de aves mais efetivo e, com isso, prevenir os impactos sanitários. Conheça algumas delas!

1. Estabeleça o status sanitário

Nesse caso, é necessário fazer monitorias sanitárias para ter a informação de quais patógenos podem afetar as aves.

A identificação do que realmente está ocorrendo sanitariamente na granja, por meio da coleta e análise de dados zootécnicos, é essencial para o entendimento e adequada interpretação dos laudos. Essa é uma das questões mais relevantes e costuma propiciar práticas inapropriadas, sendo fundamental para definir ações certas que devem ser realizadas para controle e, também, eliminação dos patógenos.

2. Diminua a utilização de antimicrobianos

Trata-se de um assunto importante quando falamos de ações preventivas para garantir a sanidade das aves e saúde pública. Isso porque, por meio de medidas como o cumprimento de protocolos de vacinação, melhorias no ambiente, adequação ao fluxo de produção, elaborações de programas de biossegurança, entre outras, é possível otimizar o desempenho e bem-estar dos animais.

Com isso, fica mais fácil chegar ao uso racional de medicamentos, especialmente, dos antibióticos.

3. Invista na evolução digital

Com o avanço da transformação digital a conectividade tem ganhado cada vez mais espaço no mercado. Isso se deve ao fato da sua capacidade de simplificar processos e permitir que as informações cheguem ao seu destino de forma mais rápida, permitindo que medidas sejam implementadas quanto antes.

Outro ponto está ligado ao desenvolvimento de ferramentas e programas de análise de dados que possibilitam a avaliação de todos os registros de maneira mais ágil, criteriosa e precisa, além de permitir a identificação de pequenas variações.

Várias inovações encontram-se disponíveis nos dias atuais, como, por exemplo, as de monitoramento. Essa é uma tecnologia que vale muito a pena investir, principalmente por minimizar manejos desnecessários, que podem levar à ocorrência de estresse no animal.

4. Conte com a ajuda de um profissional qualificado

Para aplicar um manejo sanitário eficiente é importante contar com o auxílio de especialistas na área de avicultura, que possam contribuir para o cumprimento das normas e identificação de eventuais melhorias e ajustes nos processos.

Além disso, podem colaborar para o reforço do compromisso com a saúde dos animais, diferencial competitivo para o negócio, bem como o alcance de melhores resultados.

Agora que você já sabe a importância do manejo sanitário de aves, não espere mais para colocar as dicas apresentadas em prática e, dessa forma, garantir as melhores condições de saúde possíveis aos animais, evitando a ocorrência de patologias e demais problemas que possam impactar negativamente o ciclo produtivo.

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Por Redação